27 de abril de 2024 - 10:48

Politica

Maduro chama partido de oposição de terrorista 27/03/2024 21:04 G1

Maduro chama partido de oposição de terrorista; 6 oponentes buscam abrigo na embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela

O Ministério Público venezuelano, que é controlado pelo presidente Nicolás Maduro, acusa os 6 de terrorismo, ações violentas e desestabilização do país. A oposição afirma que as ordens de prisão são arbitrárias.

Maduro chama partido de oposição de terrorista; 6 oponentes buscam abrigo na embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Maduro chama partido de oposição de terrorista; 6 oponentes buscam abrigo na embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

 

Seis opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro estão abrigados na embaixada da Argentina, em Caracas.

Na quarta-feira (20), Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra seis integrantes da Plataforma Unitária Democrática, a coalizão de partidos de oposição ao regime de Nicolás Maduro. O Ministério Público da Venezuela, que é controlado por Nicolás Maduro, acusa os seis de terrorismo, ações violentas e desestabilização do país. A oposição afirma que as ordens de prisão são arbitrárias.

Na noite de terça-feira (26), a Argentina confirmou que seis cidadãos venezuelanos estão abrigados na embaixada argentina em Caracas. O governo argentino não quis confirmar os nomes, mas a imprensa da Argentina diz que são os mesmos procurados pelo regime de Maduro. A Casa Rosada declarou que depois que a informação vazou de que eles se refugiaram na embaixada, a luz do prédio foi cortada.

Segundo a imprensa argentina, estão no prédio Magallí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos, Pedro Urruchurtu e Omar González. O único nome ainda não confirmado é de Fernando Martinez Mottola. Todos são da Plataforma Unitária Democrática, coalizão de Maria Corina Machado, principal nome da oposição.

 

O jornal “La Nación” afirma que o governo de Javier Milei decidiu mandar integrantes das Forças Federais de segurança para reforçar a segurança da embaixada em Caracas.

A Argentina advertiu o governo de Nicolás Maduro sobre qualquer ação deliberada que coloque em perigo o corpo diplomático argentino e os cidadãos venezuelanos sob proteção, e recordou que o Estado anfitrião deve salvaguardar as instalações da missão diplomática.

Em uma mensagem na internet, um dos refugiados, Pedro Urruchurtu, agradeceu à Argentina pela solidariedade.

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O processo eleitoral da Venezuela tem provocado reações internacionais. Na terça-feira (26), BrasilEstados UnidosColômbia e Argentina criticaram a falta de transparência do Conselho Eleitoral, que não permitiu o registro da candidatura de uma professora, Corina Yoris, para substituir María Corina Machado. Maduro rebateu. Disse que os comunicados de Brasil e Colômbia pareciam ter sido ditados pelo Departamento de Estado americano.

Em campanha no interior da Venezuela, Nicolás Maduro afirmou na noite de terça que o governo vai classificar o partido de Maria Corina Machado como terrorista e que a polícia prendeu dois homens que planejavam assassiná-lo, a mando do partido de Maria Corina. Nem Maduro nem seu aliado, o procurador-geral Tarek Saab, apresentaram provas, além de uma suposta confissão dos suspeitos.

A oposição declarou que as novas acusações são falsas e que Maduro intensifica o autoritarismo que caracteriza o atual regime.

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