O montante desembolsado do Plano Safra 2023/24, de julho até o final de março, atingiu a marca de R＄ 319,2 bilhões, registrando um aumento de 14% em comparação com o mesmo período do ciclo anterior, conforme informado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (MAPA). Esse valor representa 73% do total disponível para a safra, estimado em R＄ 435,8 bilhões.

Os financiamentos destinados ao custeio totalizaram R＄ 177 bilhões, enquanto as linhas de investimento alcançaram o montante de R＄ 75 bilhões durante o período. As operações voltadas para a comercialização atingiram R＄ 40 bilhões, enquanto as destinadas à industrialização totalizaram R＄ 25 bilhões.

De acordo com dados do MAPA, foram realizados 1,671 milhão de contratos durante o período analisado, sendo 1,253 milhão no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o qual alcançou a marca de R＄ 45 bilhões de julho a março.

Além disso, foram registrados 153.463 contratos pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), totalizando R＄ 41 bilhões até março. Outros 264.390 contratos foram efetuados por grandes produtores, resultando em R＄ 232,2 bilhões em financiamentos.

No segmento da agricultura empresarial, foram liberados R＄ 273,5 bilhões em operações de crédito rural de julho a março, o que representa um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano-safra anterior. Esse valor corresponde a 75% do total programado pelo governo, estimado em R＄ 364,2 bilhões.

Para o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, é fundamental desburocratizar a liberação de créditos. “Essa reflexão se faz necessária para que possamos avaliar o quão difícil foi para o produtor obter crédito. Além da insuficiência do seguro agrícola, já que estamos trabalhando no novo Plano Safra 24/25, esperamos também que haja menos burocracia para a liberação de crédito.”