27 de abril de 2024 - 20:53

Policia

Caso Marielle 27/03/2024 18:59 G1

Caso Marielle: investigações tentam ouvir novas testemunhas para esclarecer motivações do crime

Além disso, há uma tentativa de apurar mais indícios de manipulação e de sabotagem do inquérito da Polícia Civil sobre o crime.

As investigações em curso que tentam esclarecer detalhes sobre a morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes estão focadas em ouvir testemunhas e suspeitos que ainda não foram encontrados. Os investigadores estão verificando situações que poderiam ajudar a esclarecer melhor quais seriam as motivações da encomenda do crime.

Além disso, há uma tentativa de apurar mais indícios de manipulação e de sabotagem do inquérito da Polícia Civil sobre o crime.

O relatório final da Polícia Federal (PF), apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta um conjunto de indícios envolvendo disputas políticas e cobiça por empreendimentos imobiliários em áreas das milícias, as quais seriam de interesse e de influência dos irmãos Brazão.

Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de envolvimento nas mortes, foram transferidos de Brasília na manhã desta quarta-feira (27). O ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, suspeito de atrapalhar as investigações, permanece preso na Penitenciária Federal de Brasília, considerada de segurança máxima.

Não há, por ora, nenhuma frente investigativa que aponte algum novo caminho sobre pagamento feito ao executor Ronnie Lessa. Foi ele quem afirmou, em delação premiada à Polícia Federal, que o Barbosa perdeu o controle do caso Marielle Franco e decidiu entregar os executores do atentado. Antes do ataque, o delegado teria dado uma garantia prévia de impunidade aos mandantes Domingos e Chiquinho Brazão.

Na delação, o matador confesso afirma que os irmãos Brazão oferecem a ele o pagamento em terrenos de um loteamento, que nunca saiu do papel, e o comando de grupos paramilitares. Isso também não ocorreu porque não houve tempo de viabilizar essa premiação, segundo as confissões de Ronnie Lessa. E, segundo ele, por toda repercussão que o caso Marielle ganhou nos dias seguintes ao assassinato da vereadora.

Durante as tratativas e depoimentos que compõem a delação premiada do matador de Marielle, Lessa reafirmou que não ganhou nada dos supostos mandantes pela execução do crime.

Ele chegou a dizer, em tom de desabafo, que foi o crime que mais deu problema, mais dor de cabeça deu para ele, mas que não levou nada pelo "serviço prestado".


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