Os preços internos da soja enfrentam uma trajetória descendente, alcançando os níveis mais baixos desde agosto de 2020, conforme análise de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A falta de interesse por parte dos compradores em adquirir volumes expressivos da oleaginosa é atribuída à maior disponibilidade do grão no mercado, bem como ao baixo volume da safra 2023/24 já comprometido em contratos a termo pelos produtores.
Neste cenário, os vendedores optam por não negociar neste momento, considerando as menores produtividades nas áreas já colhidas. Além dos estados de Mato Grosso e Paraná, onde a colheita de soja já está em andamento, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás também iniciaram o processo. Entretanto, produtores dessas regiões relatam que a produtividade está abaixo das expectativas iniciais.
A expectativa do mercado se volta para possíveis reajustes nas próximas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que, até o momento, apontam para uma produção de 157 milhões de toneladas de soja no Brasil.