19 de janeiro de 2025

Intervenção do governo em estatais: 'já deu errado no passado e dará errado no futuro, ponto final', avalia Miriam Leitão

Politica Intervenção do governo 14/03/2024 08:08 G1

No fim da semana passada, o Conselho da Petrobras decidiu não pagar aos acionistas os chamados dividendos extraordinários — fatia extra do lucro da empresa.

A decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários para acionistas criou uma polêmica para o governo federal, maior acionista da petroleira.

Para Miriam Leitão, teve intervenção do governo. "Foi do Palácio Planalto que saiu a ordem para não distribuir dividendos extraordinários", disse a jornalista da TV Globo, da GloboNews, do jornal O Globo, e da rádio CBN em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (14).

Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Já os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório — ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente.

"O mais importante é a dificuldade que tem governantes brasileiros, com exceções, felizmente, de entender o que que é uma empresa de capital aberto. O governo é um acionista, mas não é o único, não é dono."

 

"É uma empresa com muita liquidez e muito interesse, então ela é dos seus acionistas. O maior deles é o governo, mas ele não pode fazer tudo que ele quer. Para isso que tem regras de governança, para isso que tem todo o ritual da tomada de decisão, tem que ter transparência, tem que ter prestação de contas."

Para Miriam, fica claro que o governo tem problemas com as empresas estais, como um todo, e não só na Petrobras.

 

"Já deu errado no passado e dará errado no futuro, ponto final."
Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após decisão de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

(Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após decisão de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução)

"Empresa de economia mista, empresa de capital aberto, Petrobras. O que ele faz? Ele quer decidir, do Palácio Planalto, se vai investir, se não vai investir, se vai fazer sonda, navio... [...] Não. A empresa tem que se administrar com as regras e ele, como acionista controlador, ele tem uma presença forte dentro, ele tem a quantidade, a maioria dos votos. Então ele pode decidir e sempre de acordo com as regras."

 


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