O governador avalia que a esquerda tem nomes que não têm a simpatia popular enquanto a direita tem a vantagem de "colar" a imagem de possíveis candidatos ao ex-presidente conhecido por arrastar multidões
"Pela direita você tem muitos nomes. Tem nomes de governadores, de algumas lideranças, mas esse cenário vai ficar dominado por esses dois atores. Bolsonaro dominando a cena da direita e Lula da esquerda. Talvez, nenhum dos dois seja candidato e vamos ter grandes surpresas, uma briga na esquerda para ver quem será o detentor de ter o espólio do Lula e da direita a mesma coisa, quem vai ter o espólio do Bolsonaro caso ela não seja candidato", falou o governador ao Broadcast Estadão.
Lula movimenta os ministérios com a reforma administrativa preocupado com a baixa aprovação do seu governo. Em contrapartida, o PT atua para fortalecer as bases nos estados. O grupo da esquerda em Mato Grosso tem feito reuniões para discutir uma chapa do governo com o objetivo de favorecer a reeleição de Lula. Até o momento, não se fala em projetar outro nome ao cargo.
Mauro aponta que não só em MT, estado conhecido como reduto de conservadores, mas de forma geral, umas das dificuldades de Lula será a de superar a capacidade de Bolsonaro de arrastar multidões. O governador observa essa qualidade do ex-presidente como outra vantagem da direita quando se discutem campanhas eleitorais.
"O Bolsonaro é hoje a maior liderança política do país junto do Lula, mas ele tem ainda uma capacidade de movimentar, de arrastar multidões, seguidores que nenhum outro político está conseguindo, nem o próprio presidente Lula está conseguindo. Então, uma liderança política depende de algumas outras análises que se possa fazer, ela tem que ser olhada com atenção e algum tipo de respeito pois no final do dia ela representa milhões de brasileiros que pensam parecido", disse Mendes.
Bolsonaro está inelegível e usa os parlamentares da direita para pressionar o Judiciário, na tentativa de relaxar a decisão que impugna uma futura candidatura. Uma das estratégias e pedir a revisão da Lei do Ficha Limpa, sancionada durante sua gestão.
"Vejo que ele vai ter dificuldade para ser candidato, mas vejo que muita coisa pode mudar nesse cenário político até 2026", concluiu Mendes.